domingo, 26 de abril de 2015

O estiramento muscular

O estiramento muscular


O estiramento muscular, ou Distensão, é um tipo de lesão bastante comum e está associado à prática esportiva. Um estiramento muscular, tem como característica um rompimento parcial ou completo de fibras ou feixes musculares, resultante de um esforço extremo realizado pelo músculo. Juntamente com estes feixes, são rompidos também capilares sanguíneos, acarretando em uma  infiltração de sangue no local da lesão, formando um coágulo. Em casos graves, onde muitos feixes são rompidos, pode ocorrer uma ruptura muscular. De acordo com o fisioterapeuta Evaldo Bósio,  “O estiramento muscular é uma lesão indireta caracterizada pelo "alongamento" das fibras dos músculos além dos limites normais”.

Quais os sinais de um estiramento? 

O primeiro sinal de estiramentos é uma dor súbita, algumas vezes, acompanhada de uma sensação de estalido(som estridente ou repentino).  A intensidade da dor é variável e geralmente provoca desequilíbrio e interrupção do movimento. Os sintomas que podem ser observados depois são:

•   Deficiências de flexibilidade;
•   Desequilíbrios de força entre músculos de ações opostas;
•   Lesões musculares que não melhoram;
•   Distúrbios nutricionais e hormonais;
•   Infecções e dificuldade de coordenar movimentos;



Existem grupos musculares em que este tipo de lesão é mais frequente, como os músculos posteriores da coxa, os da panturrilha, a musculatura interna da coxa e o músculo anterior da coxa. Estudos indicam a junção músculo-tendão, também conhecida como região distal do ventre muscular, como o principal local da lesão. Contudo, vale ressaltar que qualquer ponto do músculo é suscetível ao estiramento.

As classificações dos estiramentos:


Primeiramente sua classificação tem importância para diagnóstico, já que identifica e quantifica a área lesada do músculo, os fenômenos decorrentes desse problema, a gravidade, os critérios de tratamento, o tempo de afastamento do esporte e a previsão de sequelas. Portanto, podemos classificar os estiramentos de acordo com as dimensões da lesão em:
Grau I - é o estiramento de uma pequena quantidade de fibras musculares (lesão em menos de 5% do músculo). A dor é localizada em um ponto específico e surge durante a contração muscular podendo desaparecer no repouso. O edema pode estar presente, mas, geralmente, não é notado no exame físico. Ocorrem danos mínimos, a hemorragia é pequena, a resolução é rápida e a limitação funcional é leve. Apresenta bom prognóstico e a restauração das fibras é relativamente rápida.
-Grau II - O número de fibras lesionadas e a gravidade da lesão são maiores (a lesão atinge entre 5% a 50% do músculo). Possui os mesmos sintomas do estiramento de primeiro grau, porém com maior intensidade. Acompanha-se de: dor, moderada hemorragia, processo inflamatório local mais exuberante e diminuição maior da função. O tratamento do problema é mais lento.
-Grau III - Esta lesão geralmente ocorre desencadeando uma ruptura completa do músculo ou de grande parte dele (lesão atinge mais de 50% do músculo), resultando em uma grave perda da função com a presença de um defeito palpável. A dor pode variar de moderada a muito intensa, provocada pela contração muscular passiva. O edema e a hemorragia são grandes. Dependendo da localização do músculo lesionado em relação à pele adjacente, o edema, a equimose e o hematoma podem ser visíveis, localizando-se geralmente em uma posição distal à lesão devido à força da gravidade que desloca o volume de sangue produzido em decorrência da lesão. O defeito muscular pode ser palpável e visível. (Evaldo Bósio).

Nessa imagem pode-se observar uma breve ilustração a cerca dos graus da distensão muscular.



Mais informações sobre diagnósticos, tratamentos e cirurgias:


Referências utilizadas pela equipe Apollo 11:

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